MAU significa Escritório modelo de Arquitetura e Urbanismo, é um projeto de Extensão Universitária unida à pesquisa e ao processo de graduação. Esse escritório surge da discussão a respeito da vivência e das práticas dos estudantes de Arquitetura durante a graduação, com a finalidade não só de completar a educação universitária, mas também para afirmar um compromisso com a realidade social da comunidade onde a universidade está inserida. É de livre participação a todos os estudantes de arquitetura e urbanismo e outros interessados, sendo um espaço de debate e produção aberto a toda a sociedade. É desenvolvido para extrapolar a vivência da sala de aula e encontrar formas de contatos com a sociedade. Dessa forma, a tríade: Ensino + pesquisa + Extensão Universitária, deve ser tomada como base para o entendimento dos princípios dessa proposta, caracterizada por uma comunicação constante entre sociedade e a universidade, de forma que cada indivíduo envolvido entenda a importância e a responsabilidade da existência da mesma. Busca o intercâmbio de informações com a comunidade de trabalho, sem que haja qualquer tipo de opressão a qualquer uma das partes, de maneira horizontal, sem hierarquização e com o exercício do diálogo para encontrar soluções condizentes com sua realidade social. Esse diálogo entre as partes envolvidas, resulta na apropriação e conseqüente sustentabilidade da comunidade. A união do conhecimento técnico com o conhecimento empírico. O EMAU não propõe a realização de projetos prontos e acabados, mas sim uma ação compartilhada e flexível, tendo a arquitetura vivida como processo. O escritório tem a idéia do trabalho em grupo para melhor entender as complexas relações humanas como também o exercício de multidisciplinaridade na tentativa de estimular amobilização da comunidade e de outras áreas do conhecimento (medicina, odontologia, serviço social, etc.) que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dessa comunidade. O EMAU direciona a sua atividade para a parcela da população que não possui ou não acredita poder ter acesso ao trabalho de um arquiteto, mas que seja minimamente organizada para que o escritório não acabe atendendo a um número reduzido de pessoas. Aos olhos da lei, é ilegal, quando se pensa estar atribuindo atividades profissionais a estudantes e também por não existir nenhuma lei que regulamente o trabalho destes dentro dos EMAU´s. No entanto, desenvolvem atividades puramente acadêmicas, com o interesse didático dentro da universidade, possuindo autonomia para desenvolver tais atividades. Todo e qualquer atividade desenvolvida é orientada por professores universitários que possuem responsabilidade técnica e legal para os projetos. O escritório não interfere no mercado de trabalho dos profissionais por ter como enfoque as comunidades mais excluídas. Procura envolver-se com as dinâmicas sociais responsáveis pela construção do espaço. Essas pessoas correspondem a 80 % das cidades e são agentes transformadores em potencial. Suas construções são denominadas “informais” por não contarem com a intervenção técnica de um profissional arquiteto e por serem alvo do descaso do poder público. As cidades necessitam de “arquitetos-urbanos” que saibam ler a cidade para entender as nuances e trabalhar a partir delas. Com esse trabalho também visa-se difundir a atividade do arquiteto e promover a ampliação do mercado profissional . Não têm fins lucrativos, apenas o ganho da vivência social, a experiência prática aliada à teoria com o intuito de melhorar o ensino e a experiência teórica dentro da universidade. Deve seguir os 4 postulados da Unesco e da União Internacional de Arquitetos para a educação em Arquitetura e Urbanismo que são:
POEMA O POEMA - Projeto de Orientação a Escritórios Modelo de Arquitetura e Urbanismo começou a ser concebido em meados dos anos 1990, com o objetivo de orientar a criação e manutenção dos EMAUs - Escritórios Modelo de Arquitetura e Urbanismo. Sua construção foi realizada pelos Escritórios Modelo já existentes e por estudantes interessados nesse projeto, para que o mesmo fosse uma radiografia das atividades dos EMAUs, contendo seus princípios, ações e relações com as comunidades. Desse trabalho surgiu o SENEMAU - Seminário Nacional sobre Escritórios Modelo de Arquitetura e Urbanismo (mais informações no link Seminários), no ano de 1997, como mais um instrumento de articulação dos EMAUs e construção coletiva do POEMA. Hoje, o POEMA é uma realidade, onde os estudantes interessados em realizar atividades por meio dos EMAUs podem se orientar mais facilmente. No entanto, o POEMA é um projeto contínuo, que acompanha a dinâmica de transformações nas comunidades e na Universidade, transformando-se e adaptando-se às diferentes realidades e sempre aberto a novas contribuições, para que melhore cada vez mais e consiga ajudar os EMAUs efetivamente. O POEMA está disponível para download, logo abaixo. A última versão revisada é da gestão 05/06, e a Carta de Definição é a que foi aprovada na plenária final do ENEA Florianópolis, em 2007. A continuação dessa história depende de você. Para possíveis dúvidas e contribuições, entre em contato com a DIEPE - Diretoria de Ensino Pesquisa e Extensão pelo email diepe@fenea.org e/ou acompanhe o tópico EMAU no GT Extensão. |
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